terça-feira, abril 30, 2024
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3 tipos de intercâmbio possíveis com pouco dinheiro.

Com a economia em crise, é cada vez mais difícil juntar dinheiro para o sonho de estudar e morar no exterior por um tempo. No entanto, engana-se quem pensa que para fazer um intercâmbio é preciso ter uma grande poupança.

Segue algumas opções de intercâmbio e experiências internacionais que exigem baixo investimento para quem sonha em cruzar as fronteiras, mas tem um orçamento que não permite ir muito longe.

Programas de au pair, work experience e mesmo opções de estágios no exterior podem ser boas saídas para quem não guardou recursos suficientes para passar uma temporada estudando em outro país, mas não quer dispensar a oportunidade de praticar o segundo idioma.

Au pair
Ser uma espécie de babá das crianças da casa, levá-las e trazê-las da escola, além de brincar com elas nas horas vagas. Esse é o trabalho de au pair em uma família americana.

Para aderir a esse tipo de intercâmbio, o candidato deve ter entre 18 e 26 anos de idade, ensino médio completo, possuir carteira de motorista, ter ao menos 300 horas de experiência com crianças, além de ser do sexo feminino — raramente, homens são selecionados pelas famílias.

Work Experience
Para quem não atende às exigências de um programa de au pair, ou simplesmente deseja uma experiência diferente no exterior, existe a opção de passar alguns meses de férias, trabalhando em lanchonetes, estações de sky, parques aquáticos e hotéis.

A temporada dura de três a quatro meses e o salário pode ajudar a compensar os gastos com as passagens — ou, ao menos, parte deles. Estudantes universitários podem sair do país com contratos de trabalho já fechados, nos quais receberão entre 8 e 12 dólares por hora, o que soma de 900 a 1.500 dólares por mês.

Caso o estudante mostre confiança para se comunicar bem com clientes em inglês, é possível alcançar as vagas como as de garçom ou de recepcionista de hotel, nas quais o participante ainda pode contar com a generosidade das gorjetas americanas.

Cerca de 30% do salário recebido acabam sendo gastos com estadia.
Para esse tipo de intercâmbio, é preciso estar matriculado no Ensino Superior há pelo menos um semestre e ter inglês intermediário. O ideal é que o estudante procure as agências no período de novembro a março, pois há mais chances de conseguir vagas de trabalho.

Estágios no Exterior
Para quem está mais focado na carreira e quer aproveitar a viagem para ampliar sua experiência profissional, existem programas de estágio que exigem investimento baixo perto do retorno que oferecem.

A Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil) gerencia no Brasil o programa de estágios da IAESTE (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience), que envia estudantes brasileiros para o exterior e recebe estrangeiros aqui.

Para participar deste programa, é necessário estar matriculado no ensino superior e pagar a taxa de 120 reais para se inscrever na IAESTE. Uma vez selecionado, o estudante deve quitar taxa de aquisição de vaga, que custa cerca de 1.990 reais, que é sempre a mesma, independentemente do período em que o participante ficará no exterior.

Os estagiários costumam receber até 700 euros por mês e se alojam em repúblicas, apartamentos e casas de famílias indicadas pela própria IAESTE com custos mais acessíveis. Apesar do idioma exigido na maioria das vagas ser o inglês, o programa alcança mais de 80 países, sendo que, em alguns casos da América Latina, é necessário falar espanhol.

O único curso universitário para o qual esse programa não oferece vagas é o de Medicina. Mas a maioria das oportunidades aparece para cursos de tecnologia e engenharia. Dentre os destinos possíveis, estão Alemanha, Espanha, Portugal e países do leste europeu.

Nem tudo é de graça
Apesar de ser possível ter experiências internacionais gastando pouco, o planejamento é o principal aliado dos viajantes.

“Nós, brasileiros, somos um povo que historicamente viaja e gasta muito. É necessário fazer um orçamento da viagem para controlar os gastos.

No orçamento, é indicado colocar na ponta do lápis, além dos custos de moradia, alimentação e transporte, gastos como “lugares para conhecer” e atividades extra-curriculares, justamente para saber qual o nível de flexibilidade financeira possível durante a temporada no exterior.

Como guardar dinheiro
No entanto, se nenhuma das opções econômicas para viajar se encaixam no bolso do viajante, o jeito é se programar com mais antecedência e guardar dinheiro.

Outro conselho é não tentar especular o câmbio. Esperar a moeda desejada subir ou cair é arriscado e dificilmente dá certo. Ao comprar as moedas aos poucos, o viajante consegue formar uma cotação média da moeda e não corre o risco de ter de fazer a conversão em um momento de baixa do real.
O ideal é começar a adquirir a tal moeda desde o momento em que se decide viajar.

Como levar o dinheiro
Pagamentos internacionais, com cartão de crédito ou débito, e saques em moeda estrangeira têm o IOF de 6,38%, um valor mais alto do que a compra da moeda do Brasil, cuja alíquota do imposto é de 0,38%.

À partir de dois ou três meses de viagem, já é mais vantajoso abrir uma conta no país de destino e enviar o dinheiro por transferência bancária. Isso porque, ao andar com altas quantidades de dinheiro em papel, corre-se o risco de assaltos e perdas, além de outros imprevistos que podem estragar o intercâmbio.

Na hora de abrir a conta no exterior, porém, um caminho seguro é procurar um banco brasileiro com subsidiárias no exterior. Assim é possível ter mais confiança nas transações bancárias.

Fonte: Exame

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