segunda-feira, abril 29, 2024
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Conheça a pena de morte nos EUA em fatos e números.

Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos validou nesta segunda-feira (29) um controverso método de execução com injeção letal, em um contexto de retrocesso da pena capital no país.
Veja abaixo uma breve avaliação da situação:
Cada vez mais estados renunciam à execução
– Dezenove estados e a capital federal, Washington, a aboliram, sete deles desde 2007: Nebraska, em maio de 2015; Maryland, em maio de 2013; e Alasca, Minnesota, Nova Jersey, Novo México, Nova York, Dakota do Norte, Rhode Island, Vermont, Virgínia Ocidental e Wisconsin.
– Dos 31 estados onde ainda é legal, 10 renunciaram a executar os condenados, elevando a 29 o número de estados que não a empregam mais, de um total de 50.
Cada vez menos condenações
– 3.019 detidos estavam no corredor da morte no dia 1º de janeiro de 2015. Em 2000 eram 5.493, segundo o Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC).
Cada vez menos execuções
– Das 1.411 execuções realizadas desde 1976, quando a pena capital foi estabelecida nos Estados Unidos, 15 ocorreram neste ano. Em 2014 foram 25 os executados, contra 39 em 2013, 43 em 2012 e 2011, 46 em 2010 e 52 em 2009, segundo o DPIC. O ano recorde foi 1999, com 98 execuções.
– Em 2014, 80% das execuções se concentraram em Texas, Missouri e Flórida.
– O exército não executa há cinco décadas.
– O governo federal obteve a pena capital para o autor dos atentados da maratona de Boston, o condenado federal número 62, mas não executa desde 2003: três execuções ocorreram desde 2001 em Terre Haute, Indiana, onde se encontra o corredor da morte federal.
Cada vez mais condenados são declarados inocentes
– 154 homens e mulheres foram declarados inocentes estando no corredor da morte em 26 estados, segundo o DPIC. A Flórida, com 25, é o estado que mais pronunciou condenações equivocadas, à frente de Illinois (20) e Texas (13).
Cada vez menos apoio da população
– As opiniões favoráveis à pena de morte caíram a 56%, segundo a última pesquisa do Pew Center. Em 2011 eram 62% e em 1976, 78%.
A injeção letal questionada
– A escassez de produtos necessários para fabricar o famoso coquetel representa uma dor de cabeça para os estados, devido à negativa das companhias farmacêuticas de fornecer ou exportar barbitúricos com fins de execução.
– As execuções dos últimos meses provocaram condenação internacional depois que vários presos sofreram supostamente uma longa e dolorosa agonia em Oklahoma, Ohio e Arizona.
O retorno aos métodos antigos
– Utah adotou o pelotão de fuzilamento, Tennessee a cadeira elétrica, Oklahoma a inalação nitrogênio, se a injeção letal for declarada anticonstitucional ou for impossível de ser aplicada por falta de produtos.

Fonte: Da AFP

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