Os Estados Unidos passaram a sofrer mais pressão neste domingo (6) para ajudar a Europa a encontrar refúgio para a leva de imigrantes que foge das guerras e do caos na região do Oriente Médio e Norte da África. Os norte-americanos, no entanto, não deram sinais de que planejam aumentar drasticamente sua acolhida aos refugiados.
David Miliband, chefe do Comitê Internacional de Resgate e ex-secretário de Relações Exteriores britânico, pediu aos EUA para mostrarem “o tipo de liderança que a América já exibiu neste tipo de assunto” no passado.
“Os Estados Unidos sempre lideraram o reassentamento de refugiados, mas 1.500 pessoas ao longo de quatro anos é uma contribuição minúscula para enfrentar o lado humano deste problema”, disse Miliband no programa “This Week with George Stephanopoulos”, da rede de televisão ABC.
Em uma entrevista à Reuters no sábado (6), John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, não deu nenhum indício de que o país irá aumentar significativamente o número de imigrantes recebidos.
Kirby citou a contribuição de 4 bilhões de dólares feita por Washington para ajudar os refugiados e voltou a reafirmar a posição do governo do presidente dos EUA, Barack Obama, a respeito de temores de segurança. As autoridades norte-americanas querem evitar que militantes do Estado Islâmico ou da Al Qaeda se infiltrem no país como refugiados.
Um funcionário do governo, que não quis se identificar, admitiu que a veículação de imagens chocantes do drama dos refugiados pode prejudicar a imagem internacional dos EUA caso o país só acolha uma quantidade pequena de imigrantes em comparação aos países europeus.
Fonte: Reuters.