A polícia britânica anunciou a detenção nesta terça-feira (23) em Manchester de um homem de 23 anos supostamente relacionado com o atentado que deixou 22 mortos nesta cidade do noroeste da Inglaterra. O Estado Islâmico reivindicou o ataque.
A explosão, que aconteceu logo após show da cantora americana Ariana Grande, deixou ainda 59 feridos, que recebem atendimento em oito hospitais. Doze crianças e adolescentes de até 16 anos estão as vítimas gravemente feridas, de acordo com o serviço de emergência britânico, citado pela Associated Press.
A premiê britânica, Theresa May, afirmou, nesta manhã, que a polícia acredita ter identificado o homem-bomba que detonou um artefato caseiro, mas ainda não foram divulgadas informações sobre o suspeito. Pouco depois da coletiva da premiê, o Estado Islâmico reivindicou a ação.
* Explosão na saída da Manchester Arena deixou 22 mortos e 59 feridos
* Crianças que assistiram ao show da cantora Ariana Grande estão entre as vítimas
* Homem-bomba morreu no ataque e suspeito de 23 anos foi detido
* Estado Islâmico reivindicou o ataque
A explosão aconteceu enquanto milhares – maioria de adolescentes – deixavam a arena onde a cantora americana havia realizado seu show na noite de segunda-feira (22).
Entre os mortos, foram identificadas duas estudantes: Saffie Rose Roussos, de 8 anos, e Georgina Callander, de 18 anos. Descrita por amigos como “uma superfã de Ariana Grande”, Georgina postou em sua conta no Instagram uma foto em que aparece junto com a cantora americana em 2015.
Até esta manhã, não havia informações de brasileiros entre os feridos ou mortos no ataque, segundo o Itamaraty.
A polícia dá prosseguimento às investigações e pede para a população evitar a região da Manchester Arena. A Victoria Station ficará fechada por pelo menos 24 horas e o serviço de metrô pode ficar prejudicado no horário de pico. Nesta manhã, horário de Brasília, a polícia explodiu um material encontrado durante buscas realizadas em um distrito da cidade.
O ataque de Manchester é o mais grave ocorrido no Reino Unido desde julho de 2005, quando uma série de atentados causou a morte de 52 pessoas, entre eles quatro suicidas, e deixou 700 feridos no metrô e em um ônibus de Londres, segundo a France Presse.
Covardia
Theresa May afirmou que o Reino Unido foi vítima de um duro ataque terrorista e que o terrorista buscava fazer uma carnificina. “Sabemos que apenas um terrorista explodiu um artefato de fabricação caseira perto de uma das saídas do local, escolhendo deliberadamente o momento e o local para provocar uma carnificina máxima”, disse May, em Downing Street, segundo a France Presse. A premiê irá visitar Manchester ainda nesta terça.
“Embora não seja a primeira vez que Manchester sofreu desta forma, é o pior ataque que a cidade experimentou e o pior que já atingiu o norte da Inglaterra. Todos os atos de terrorismo são atos de guerra, mas este ataque se destaca pela covardia”, declarou. O nível de alerta para atentato permanece elevado no país.
A Manchester Arena é um ginásio usado para shows e eventos esportivos com capacidade para 21 mil pessoas. Relatos e vídeos publicados em redes sociais mostram a correria após a explosão. Ariana disse ter ficado ‘destruída’ após o ataque.
Comemoração
Antes mesmo de o Estado Islâmico reivindicar a ação, apoiadores do grupo comemoraram o ataque nas redes sociais, segundo a Reuters. Contas do Twitter associadas ao grupo radical usaram hashtags se referindo à explosão para publicar mensagens de celebração, com alguns usuários encorajando ataques semelhantes em outros lugares.
Algumas mensagens descreveram o ataque como um ato de vingança em resposta a ataques aéreos no Iraque e na Síria.
Fonte: Globo