quinta-feira, maio 2, 2024
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Atirador abre fogo em boate em Orlando e deixa 50 mortos e 53 feridos

 Atualizado às 16:00h
Um atirador abriu fogo dentro de uma boate voltada ao público LGBT em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (12). A polícia diz que há cerca de 50 mortos no interior da casa chamada Pulse. Pelo menos outras 53 pessoas foram levadas a hospitais da região.
 
O agressor morreu durante uma troca de tiros com a polícia, no caso que está sendo investigado pelo FBI como um possível ataque terrorista doméstico.
A policia de Orlando informou que foi chamada por volta das 2h (3h de Brasília) e, quando agentes chegaram à boate, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns.
 
Segundo a polícia, o ele tinha duas armas – um rifle e um revólver – e estava muito bem preparado para a situação. Pouco antes de anunciar a morte do atirador, a polícia informou que havia realizado uma “explosão controlada” em frente à boate, sem dar detalhes.
 
O Corpo de Bombeiros também deslocou uma equipe de desativação de artefatos explosivos, indicou o jornal local “Orlando Sentinel”. O atirador tinha um dispositivo suspeito, informou a polícia.
 
Segundo caso em Orlando
O caso ocorre um dia depois da morte da cantora Christina Grimmie, assassinada após fazer um show também em Orlando. Kevin James Loibl, de 27 anos, foi identificado como autor dos disparos. A polícia acredita que os dois casos de violência não estão relacionados.
Mortes em Orlando 2
 
Relatos da Pulse
Por volta das 2h, alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão”, contou um dos clientes, Ricardo Negron, à Sky News. A testemunha disse ter ouvido disparos contínuos por quase um minuto, embora tenha parecido muito mais. “Havia sangue por toda a parte”, disse outra testemunha.
A boate Pulse, que se apresenta em seu site como “o bar gay mais quente de Orlando”, publicou no Facebook uma última mensagem urgente: “Todos saiam da Pulse e continuem correndo”.
“Assim que tivermos informações, os atualizaremos. Por favor, tenham todos em suas orações enquanto afrontamos este trágico evento. Obrigada por seus pensamentos e amor”, acrescentou o clube em outra mensagem nessa rede social.
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Parlamentares americanos afirmam que Omar Saddiqui Mateen, de 29 anos, é o atirador que matou 50 pessoas na boate gay Pulse em Orlando, nos Estados Unidos, neste domingo (12). A polícia não tinha confirmado a informação até a publicação desta reportagem.
“Tivemos uma possível identificação, mas não conseguimos dizer exatamente quem é o suspeito”, afirmou o porta-voz do FBI durante entrevista.
 
Um dos que divulgaram o nome é o senador republicano Alan Grayson, que afirmou que o suspeito é americano, filho de pais estrangeiros e que mora na cidade de Port St. Lucie, também na Flórida. Segundo a mídia local, Mateen é de família afegã.
Uma conta no Twitter de um grupo afiliado ao Estado Islâmico (EI) postou uma foto que seria dele, mas a organização terrorista não reivindicou oficialmente o ataque.
 
Segundo o jornal “Washington Post”, o pai do suspeito chama-se Seddique Mateen. De origem afegã, ele apresentava um programa sobre política e apoiava o regime talibã. Ainda segundo o jornal, Seddique chegou a se declarar candidato a presidente do Afeganistão.
 
Em entrevista ao canal de TV NBC, o pai do suspeito descartou motivações religiosas para o ataque e apontou para homofobia. “Isto não tem nada a ver com a religião”, disse, acrescentando que seu filho ficou transtornado, há mais ou menos dois meses, quando viu dois homens se beijando durante uma viagem a Miami. “Peço desculpas pelo incidente. Não éramos conscientes de que estivesse premeditando algum tipo de ação. Estamos em estado de choque da mesma forma que todo o país”, disse.
A ex-mulher de Mateen disse ao “Washington Post” que ele era violento, mentalmente instável e batia nela constantemente enquanto eles eram casados.
 
Citando “vários oficiais da lei”, a NBC disse que Mateen ligou para o telefone de emergência (911) logo antes do ataque para alegar que jurou fidelidade ao EI. A CNN afirma que ele foi treinado em manejo de armas. Uma fonte que não se identificou disse ao canal que ele estava na lista de suspeitos de simpatizar com o Estado Islâmico.
Possível terrorismo
O caso é investigado pelo FBI como um possível ataque terrorista doméstico, considerando que o suspeito poderia ter “inclinação” pelo terrorismo islâmico, segundo os agentes federais.
A mídia americana divulgou a identidade do suspeito como Omar Saddiqui Mateen, mas a polícia ainda não confirmou a informação. Segundo o senador Alan Grayson, o suspeito é americano, mas sua família é de fora do país.
“Tivemos uma possível identificação, mas não conseguimos dizer exatamente quem é o suspeito”, afirmou o porta-voz do FBI durante entrevista coletiva.
Hospitais locais, que ativaram um plano de emergência, afirmam que algumas vítimas estão em estado crítico e que tentam descobrir os nomes para dar informações às famílias.
O presidente da sociedade islâmica local participou de uma coletiva de imprensa junto a autoridades e disse que se tratou de uma ação individual, que não está ligada a redes terroristas. Ele elogiou o trabalho da polícia.
Pulse
 
Fonte: Globo/ Orlando Sentinel
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