Os Estados Unidos voltaram a autorizar nesta segunda-feira (29) a entrada de refugiados de 11 países, 94 dias depois da suspensão, e ampliaram as medidas de segurança do programa que fiscaliza a entrada desses imigrantes no território americano.
As mudanças nas políticas de refugiados fazem parte do polêmico veto migratório de Trump que foi alvo de uma longa batalha judicial e autorizado parcialmente pela Suprema Corte dos Estados Unidos em junho de 2017. Além de proibir, por 90 dias, a entrada de viajantes de seis países de maioria muçulmana nos EUA, a medida vetava por 120 dias a chegada de refugiados de qualquer país.
Em outubro de 2017, após expirar o prazo dos 120 dias, o governo americano voltou a autorizar a entrada de refugiados, mas excluiu do processo os cidadãos de 11 países – que não foram identificados, mas, segundo a imprensa americana e grupos de defesa dos direitos dos refugiados, são Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria, Iêmen e Coreia do Norte.
Agora, não há mais a proibição à chegada de refugiados de países dessa lista, mas o governo Trump anunciou que eles passarão por avaliações mais rígidas, baseadas no risco do local de origem.
“É importante que saibamos quem entra nos EUA”, indicou em nota a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen.
Nielsen explicou que as medidas dificultarão a possibilidade de pessoas más intencionadas usarem o programa de refugiados e garantirão que o risco seja o principal critério de avaliação.
A secretária ressaltou que a lista de países de risco e os critérios de seleção serão revisados a cada seis meses.
Durante o ano fiscal de 2018, os EUA pretendem receber um máximo de 45 mil refugiados, uma redução de 60% em relação a 2017.
Trump decidiu retirar o seu país do Pacto Mundial da ONU sobre Proteção de Migrantes e Refugiados em dezembro, por considerar que a política migratória dos EUA deve ser determinada apenas pelos americanos.
Fonte: Globo