As embaixadas norte-americanas poderão exigir as senhas de acesso a redes sociais dos solicitantes de visto de entrada nos Estados Unidos, com o objetivo de estabelecer controles ainda mais rígidos, declarou o secretário de Segurança Interna, John Kelly, nesta terça-feira (7).
O objetivo da medida é reforçar os controles prévios dos visitantes e recusar os que possam constituir uma ameaça à segurança do país. Trata-se do que o presidente Donald Trump classificou de “verificação extrema”.
A medida afeta particularmente os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Síria, Líbia, Iraque, Somália, Sudão e Iêmen), cujos procedimentos de controle, alegou Kelly, ainda são muito frágeis.
“Queremos ter a possibilidade de consultar suas redes sociais com as senhas”, declarou Kelly, em audiência na Comissão de Segurança Interna da Câmara de Representantes.
“É muito difícil fazer controles verdadeiros nesses países, nesses sete países (…), mas se vierem queremos poder dizer os sites que visitam e que nos deem suas senhas para que saibamos o que fazem na Internet.”
“Se não quiserem cooperar, então não entram (nos Estados Unidos)”, completou o secretário.
O juiz federal de Seattle James Robart ordenou, em caráter temporário na sexta-feira (3), a suspensão da ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump de proibir a entrada de refugiados e imigrantes de sete países de maioria muçulmana. A medida, que vale para todo país, foi o golpe mais duro até agora contra o polêmico decreto, que gerou protestos nos Estados Unidos.
O governo dos EUA aperou da sentença, mas já anunciou que vai acatar a decisão e deixar de revogar os quase 60 mil vistos suspensos. A 9ª Corte de Apelações de San Francisco irá ouvir argumentos do Departamento de Justiça e de advogados dos Estados de Minnesota e Washington contrários ao decreto para decidir se as restrições devem ser reinstauradas.
Fonte: France Presse / Globo