Dezenas de senadores do partido Republicano apresentaram nesta segunda-feira (4) um recurso à Suprema Corte dos Estados Unidos contra as medidas favoráveis a imigrantes em situação ilegal decretadas em 2014 pelo presidente Barack Obama.
No total, 43 parlamentares assinalaram em seu recurso que ao decretar as medidas o presidente pretendeu “reescrever” as políticas migratórias sem o aval do Congresso.
O documento é firmado por Mitch McConnell, líder republicano no Senado e forte crítico de Obama, e por diversos detratores das políticas migratórias da Casa Branca, incluindo o pré-candidato presidencial Ted Cruz.
“Existe pouca dúvida de que o Executivo adotou o programa DAPA como parte de um esforço explícito para driblar o processo legislativo”, afirmam os senadores.
Os republicanos têm 54 das 100 cadeiras do Senado.
Obama adotou em 2014 medidas para regularizar entre quatro e cinco milhões de imigrantes ilegais, mas há um ano o Texas e outros 25 estados conseguiram barrar os decretos no tribunal federal de Apelações de Nova Orleans, o que levou o governo federal a apelar ao Supremo.
Os decretos de Obama permitem aos imigrantes ilegais com filhos nascidos nos Estados Unidos ou que regularizaram sua situação mediante um procedimento aberto em 2008 acertar sua permanência no país e obter uma licença de trabalho temporário.
A medida do Senado se une à decisão adotada pela Câmara de Representantes, em meados de março, de interceder oficialmente como um todo, ao lado dos estados e contra as medidas de Obama.
A Casa Branca alega que os decretos de Obama foram uma necessidade após o amplo projeto de reforma migratória, que propunha a regularização de 11 milhões de imigrantes ilegais, ser sepultado pela Câmara de Representantes, em 2013.
Fonte: AFP/ G1