A participação do Brasil no programa de isenção de vistos dos Estados Unidos pode representar 5,57 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de reais) em receitas adicionais derivadas do turismo entre 2015 e 2019, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela organização privada americana Partnership for a New American Economy. O relatório inclui também estimativas para África do Sul, Hong Kong, Polônia, Israel e Turquia, países que, como o Brasil, ainda não são membros do programa Visa Waiver – que permite a entrada nos EUA apenas com o passaporte, sem o a necessidade de visto.
Segundo o estudo, se o programa passasse a incluir os países citados, o ganho com turismo poderia ser de 7,65 bilhões de dólares (20,6 bilhões de reais) nos próximos cinco anos. “O Brasil, com uma população de 200 milhões e uma taxa de crescimento do PIB per capita relativamente alta, tem possibilidades de se transformar na maior fonte de crescimento em turismo internacional desses países no período 2015-2019”, destaca um trecho do relatório.
Apenas os visitantes brasileiros representariam 14,3 milhões do total, 1,2 milhão a mais que os que viajariam aos EUA em um cenário sem a isenção de vistos. Além disso, o estudo estima que a participação do Brasil no programa Visa Waiver criaria 36.766 postos de trabalho adicionais no setor turístico, de um total de 50.526.
“Em uma era onde a União Europeia permite a visita de turistas de 26 países europeus – e de quase toda América e Austrália – sem um visto, nossas políticas obrigam viajantes de países amigos, como o Brasil, a viajar milhares de milhas para fazer uma entrevista pessoal necessária para obter um visto de turista”, comentou o estudo. Atualmente, o programa Visa Waiver permite a cidadãos de 38 países viajar aos Estados Unidos sem ter de solicitar antes o visto de turista.
Fonte: agências Reuters e EFE.