sábado, maio 4, 2024
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Operação na Suíça prende ex-presidente da CBF e outros seis dirigentes da Fifa

Em uma ação conjunta das polícias dos Estados Unidos e da Suíça, sete dirigentes da Fifa foram presos nesta quarta-feira em um hotel em Zurique. No total, 14 pessoas foram indiciadas por corrupção. Os dirigentes estavam reunidos para a eleição, nesta sexta-feira, para a presidência da entidade, que deve dar a Joseph Blatter um quinto mandato. Entre os presos estão o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente e atual vice da CBF e membro do comitê da Fifa; Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, presidente da Concacaf e um dos vice-presidentes da Fifa; o uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol e também vice da Fifa; Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica; Costas Takkas, ex-secretário-geral da Federação de Futebol das Ilhas Cayman; Julio Rocha, presidente da Federação de Futebol da Nicarágua; e Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol e vice-presidente geral da Conmebol. As prisões aconteceram no Hotel Baur Au Lac, de cinco estrelas, com vista para os Alpes suíços e o Lago Zurique.

Segundo o “The New York Times”, as acusações estão relacionadas a um grande esquema de corrupção dentro da Fifa nos últimos 24 anos, envolvendo corrupção, fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ligados a Copas do Mundo e acordos de marketing e de transmissão de jogos pela televisão. Os mundiais da Rússia (2018) e do Qatar (2022) são alvos da investigação de agentes do FBI, a polícia federal americana. (Lei americana permite a investigação de estrangeiros)

O envolvimento do Brasil no escândalo da Fifa não deve se limitar à prisão de José Maria Marin. Nota divulgada pelo Departamento de Justiça americano, após as prisões, cita a CBF em suposto suborno pago em negocialção da entidade com “uma grande marca esportiva americana” — que, no caso, seria a Nike, fornecedora da seleção brasileira desde os anos 1990.

Ainda de acordo com o “NYT”, os detidos deverão ser transferidos para os Estados Unidos. O Departamento de Justiça americano planeja anunciar acusações de corrupção contra dirigentes da Fifa.

 Funcionários próximos ao presidente da Fifa devem estar entre os que serão indiciados. As acusações são o resultado de uma investigação de três anos do FBI.

A eleição para a presidência da Fifa acontecerá na próxima sexta-feira, como estava previsto, apesar da revelação de um novo caso de corrupção na entidade, anunciou em uma entrevista coletiva Walter De Gregorio, diretor de comunicação da entidade.

— O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral, Jérôme Valcke, não estão envolvidos no caso — afirmou De Gregorio, que disse que a Fifa irá cooperar com as autoridades.

O diretor de comunicação da entidade disse que a operação “é boa para a Fifa”.

– Isso para a Fifa é bom. Não é bom em termos de imagem e reputação, mas é bom em termos de limpeza (da entidade). Para nós, mais uma vez, não é bom dia e temos outras coisas com que lidar também, mas em outras palavras também é um bom dia. O processo está andando e estamos de olho nos resultados futuros.

De Gregório descartou que as Copas de 2018 e 2022 não sejam jogadas nos países previamente escolhidos.

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Estão no processo os sete presos nesta quarta-feira e outros sete acusados:

Jack Warner, ex-vice-presidente do comitê executivo da Fifa e presidente da União de Futebol do Caribe;

Nicolás Leóz, presidente da Conmebol e ex-membro do comitê executivo da Fifa;

Alejandro Burzaco, chefe da empresa de marketing esportivo Torneos y Competencias SA, da Argentina;

Aaron Davidson, presidente da Traffic Sports dos EUA;

Hugo Jinks, chefe da empresa de marketing Full Play Group SA, da Argentina;

Mariano Jinks, chefe da empresa de marketing Full Play Group SA, da Argentina;

José Margulis, chefe da empresa Valente Corp and Somerton LTD

Fonte: Globo

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