Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, vendeu recentemente duas propriedades nos Estados Unidos. Somados, os valores das duas negociações chegam a R$ 36 milhões.
O negócio mais recente ainda não aparece nos registros públicos da Flórida porque foi fechado nesta semana. A empresa Ochab Properties, ligada a Ricardo Teixeira e sua ex-mulher, Ana Carolina Wigand, vendeu uma mansão em Miami Beach por US$ 9 milhões (R$ 32,4 milhões). Segundo o site americano “The Real Deal”, especializado no mercado imobiliário da Flórida, a empresa MB Lake Avenue Property comprou a mansão.
Este imóvel, de dois andares, sete quartos, sete banheiros e atracadouro para iates, estava à venda havia um ano. A casa havia sido comprada por Teixeira da ex-tenista russa Anna Kournikova em 2012, ano em que o cartola deixou a presidência da CBF após 23 anos e mudou-se para os EUA.
Na época, a mansão, localizada numa dos endereços mais badalados da Florida, custou US$ 7,425 milhões. Quando decidiu vender a casa, em setembro do ano passado, Teixeira e sua ex-mulher pediam mais de US$ 15 milhões. Desde então, passaram a reduzir o preço até fechar o negócio por cerca de US$ 9 milhões nesta semana.
Em abril de 2014, o cartola vendeu outra casa – esta em Delray Beach, distante cerca de 80 quilômetros do centro de Miami, por US$ 1,05 milhão (R$ 3,8 milhões ao câmbio de hoje). Esta tem quatro quartos, quatro banheiros, fica num condomínio de luxo, com campo de golfe, a quase dez quilômetros do mar.
O imóvel, comprado pelo cartola em 1997, foi repassado em 2014 pela empresa Joio Properties para o casal Marc e Ruth Manin. O uso de empresas na compra e venda de imóveis se justifica porque os impostos são menores do que os aplicados a pessoas físicas.
Ricardo Teixeira hoje mora no Rio de Janeiro. O ex-presidente da CBF não é citado nominalmente na investigação do FBI que mandou para a cadeia uma série de dirigentes da Fifa em maio deste ano – entre eles José Maria Marin, seu sucessor na confederação.
Mas um trecho da investigação aponta que Teixeira também recebia propina nos EUA. A CPI do Futebol, que investiga a CBF no Senado, prevê convidar Ricardo Teixeira para depor no dia 27 de outubro.
Fonte: Globo