sexta-feira, outubro 11, 2024
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Universidade nos EUA dá bolsa de estudo para jogadores de videogame.

Os atletas no vestiário se preparam para entrar em campo, mas o esporte que eles praticam não exige nenhum esforço físico. Eles jogam sentados. Só os dedos das mãos e os olhos se mexem, nem piscam. Eles são atletas de jogos eletrônicos.
E, se você está achando estranho chamar esses garotos de “atletas” e videogame de “esporte”, talvez você mude de ideia depois dessa reportagem.
Primeiro, é importante saber que nos Estados Unidos, é tradição as universidades oferecerem bolsa de estudo para os alunos que se destacam em esportes como futebol americano, beisebol e basquete, mas a Universidade Robert Morris decidiu “quebrar” essa tradição.
Essa universidade em Chicago foi a primeira nos Estados Unidos a reconhecer o videogame como esporte. Mais do que isso: a dar bolsa de estudo para os melhores jogadores. Lá, esses meninos são considerados verdadeiros atletas. Eles estão sendo “pagos” para jogar videogame.
Para fazer parte do time da universidade, os alunos recebem uma bolsa de estudos que cobre 70% da anuidade do curso. A bolsa dá mais ou menos R$ 63 mil por ano. Os 30% restantes, eles acabam ganhando nos campeonatos nos fins de semana.

 

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A ideia de transformar o videogame em esporte universitário foi do diretor atlético Kurt Melcher.
O videogame pode ser considerado um esporte, como o basquete ou o futebol, a diferença é que é um esporte eletrônico.
É uma atividade sedentária, sem dúvida, mas, por outro lado, você tem que trabalhar em equipe, ter a orientação de um técnico, ter espírito de liderança, disciplina e comprometimento. Todas essas coisas são importantes para um atleta e estão presentes nos jogos eletrônicos.
Outra semelhança: os campeonatos de videogame lotam os estádios. Os torcedores gritam, se emocionam e os jogadores que se destacam viram ídolos. O jogo escolhido pela universidade para dar bolsas mobiliza 67 milhões de jogadores, ou “atletas”, no mundo.
A rotina dos alunos na universidade é intensa. Pela manhã, eles têm aulas. Muitos estudam ciência da computação, administração de empresas e até culinária. Na parte da tarde, treinam cerca de cinco horas por dia em frente ao computador.
Um aluno justifica: “Eu vim para cá certamente para jogar videogame, mas não deixo de estudar, porque, se você não tiver boas notas, você não pode participar dos esportes eletrônicos”.
A experiência está dando tão certo que outras universidades vão seguir o exemplo.
“Uma universidade do estado de Kentucky nos procurou e vai começar a dar bolsa de estudos para atletas de videogame a partir de setembro deste ano”, diz Kurt Melcher.
O diretor da Universidade de Pikeville, em Kentucky, revela que as inscrições para quem quer tentar uma bolsa de atleta eletrônico já estão abertas. E adivinhe quem estão entre os grandes interessados? “Das 600 inscrições que receberam até agora, mais de cem delas são de brasileiros”, diz o diretor de Kentucky.

Fonte: G1

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