Advogado brasileiro é encontrado morto no Alasca, EUA.
Um advogado brasileiro foi encontrado morto em um parque do Alasca, nos Estados Unidos. O homem de 35 anos foi localizado no parque Delani National, sem passaporte e sem celular. De acordo com a polícia americana, o corpo de Sandro Felipe Magalhães Simão não tinha marcas de violência.
A família ficou sabendo da morte 18 dias depois de o corpo ser encontrado. Simão separou-se recentemente da mulher e, antes de se mudar para a casa dos pais, foi viajar: em 29 de maio, saiu do Rio de Janeiro com destino a Cancún, no México, ficando por lá duas semanas. Em 15 de junho foi para o Alasca.
O retorno estava programado para o dia 1º deste mês, chegando dois dias depois no Brasil. Os familiares chegaram a ir ao aeroporto no dia do desembarque. Sem a chegada de Simão, os parentes deram início às buscas.
A causa da morte não foi definida e os parentes não sabem se o governo americano abriu investigação sobre o caso. Sem o atestado de óbito, o corpo de Sandro não pode ser trazido para o Brasil.
A advogada e especialista em Direito Internacional Karina Costa foi quem se comunicou com o Itamaraty e o Consulado-Geral do Brasil em São Francisco, no estado da Califórnia, responsável pelas questões diplomáticas no Alasca.
Ela aponta omissão do governo brasileiro nas tratativas.
“Isso se tornou um caso de Direito Internacional, um impasse internacional que envolve um corpo de um nacional brasileiro negligenciado. Houve omissão.
As autoridades brasileiras não cobraram com vigor as autoridades americanas sobre o desfecho”, afirma a advogada. “Há uma mãe no Brasil esperando notícias, querendo se despedir de seu filho e homenageá-lo. É difícil até em relação ao estado do corpo. Não sabemos em quais condições ele está, aonde ele ficou durante esse tempo. Nada foi informado”.
o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “acompanha o caso e, por intermédio do Consulado-Geral em São Francisco, vem prestando toda a assistência consular possível à família”.
O Itamaraty afirmou também que “está em contato com as autoridades norte-americanas envolvidas e com a família”. Sobre a identificação do corpo, informou que “é responsabilidade das autoridades dos Estados Unidos, e que o Consulado vem acompanhando detidamente o processo”.
Em relação ao translado, o Itamaraty disse que consulados podem apoiar os familiares com orientações e expedição de documentos, como o atestado de óbito, mas não há previsão de custeio, com recursos públicos, para a transferência.
Fonte: SBT / O Dia.
Foto: Correio Braziliense